Cacau Souza

Claudia Maria Souza, conhecida como Cacau Souza é advogada e articulista.

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Vidas negras também precisam respirar

Tenho impressão que os casos de violência contra as mulheres e contra a população negra ficaram em tese, mais descarados e os agressores com menos medo de praticar atos cada vez mais inaceitáveis.

(Foto: Internet)

No último final de semana fomos surpreendidos por mais um caso de violência contra uma mulher negra, que ficou conhecido em rede nacional, a violência veio de quem deveria dá proteção, que foi a abordagem truculenta de um policial militar a uma comerciante de 51 anos no bairro de Parelheiros, em São Paulo, que inclusive, poderia ter levado a vítima à morte.

A abordagem violenta ocorreu no dia 30 de maio desse ano e somente foi divulgada no dia 12 de julho pelo Fantástico. A comerciante negra, moradora da periferia paulistana, teve uma fratura na perna esquerda após ser arrastada pelo asfalto, mesmo estando algemada, assim como também é possível observar nos vídeos que circularam nas redes sociais e que também foram divulgados pela mídia, que um policial militar aparece pisando no pescoço da comerciante, para imobilizá-la, e em determinado momento do vídeo, o mesmo tira um dos pés do chão e joga todo o peso do seu corpo no pescoço dela.

Vale ressaltar, que no mesmo mês tivemos um caso parecido ao que estamos narrando, que ficou conhecido mundialmente, mas que infelizmente, o final foi diferente, e que resultou na morte do afro-americano George Floyd, nos Estados Unidos, no dia 25 de maio.

Ver essas cenas, causou-me repulsa, medo e indignação, pois sempre, parece ser mais fácil agredir e discriminar a população negra periférica

Por mais que, de alguma forma as ações que fizeram com que os policiais estivessem presentes no local, à abordagem truculenta nunca será aceita, ainda mais quando a vítima não demonstra nenhum tipo de resistência à ação policial.

O certo, é que a população negra e pobre merece respeito, a luta por um tratamento igualitário será permanente. Infelizmente o negro no Brasil é duplamente discriminado por sua situação socioeconômica e por sua cor de pele. Talvez esses dois fatores, possam explicar o inexplicável diante a diferenciação de tratamento do resto da população branca.

Enquanto isso, sempre será permanente dizer que vidas negras importam!!

E diante, toda importância que o tema nos trás, nos unimos e fizemos uma live sobre o tema, que pode ser assistida clicando aqui.

Até a próxima!




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