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MP realiza inspeção na Escola Estadual Dr. Coaracy Nunes

A Promotoria de Justiça de Defesa da Educação (PJDE) do Ministério Público do Estado do Amapá (MP-AP) realizou, na última terça-feira (27), inspeção extraordinária na Escola Estadual Dr. Coaracy Nunes. A inspeção foi efetuada pelo promotor de Justiça, Roberto da Silva Alvares, acompanhado de sua equipe. O objetivo da ação foi de averiguar se as centrais de ar haviam sido instaladas nas salas de aula do educandário, conforme noticiou a Secretaria Estadual de Educação (SEED).

Ao chegar no local a equipe da PJDE constatou a instalação de dez centrais de ar. No entanto, observou que os condensadores foram deixados em altura que possa causar acidente, tendo em vista o trânsito constante de alunos naqueles corredores.

Outra situação verificada foi a instalação irregular dos canos para drenagem da água das unidades evaporadoras das centrais de ar.

Além da verificação das centrais, foi possível identificar diferentes problemas estruturais e de higiene na escola. O laboratório de ciências está interditado, bem como os banheiros de um dos blocos, auditório e sala da TV Escola. Forro danificado, goteiras, salas em estado de abandono, com acúmulo de material em desuso e sujeira são alguns dos problemas encontrados.

A Biblioteca não possui climatização. A quadra poliesportiva precisa de manutenção urgente, pois está com o piso irregular, trave de futebol deteriorada pela ação do tempo, o telhado comprometido pelos galhos de árvores que crescem ao redor da mesma e parte dos alambrados precisa ser trocada.

Ainda durante à inspeção, foi constado que os portões de acesso do educandário, encontram-se danificados, pondo em risco iminente à segurança daquele ambiente escolar.  

A diretora, Carolina Amanajás, que assumiu a gestão escolar no final de agosto deste ano, informou que vem imprimindo todos os meios de conseguir soluções para os diferentes problemas. Protocolou documento junto aos setores responsáveis da SEED para regularização dos repasses do Caixa Escolar (que está há 4 meses sem receber o recurso de manutenção) e está em fase de revisão do projeto para realização da manutenção predial, a fim de acessar o recurso financeiro disponível do Programa Escola Melhor-PROEM.

O promotor de Justiça, Roberto Alvares, está analisando quais os encaminhamentos que serão dados para solucionar as dificuldades enfrentadas pela comunidade, sendo que um dos pontos de ressalto incorre no desperdício de vagas que poderiam ser utilizadas por pessoas em idade escolar e que acabam sendo claramente excluídas do processo educacional.

“Estamos detectando melhorias em parte das escolas da rede estadual de ensino, mas muito pontuais. No caso específico da Escola Estadual Dr. Coaracy Nunes, observamos que as máquinas condensadoras instaladas do lado de fora das salas, estão muito baixas. Isso pode provocar acidentes. Porém, como olhamos toda à área, verificamos que a falta de manutenção tornou este ambiente por demais indigno ao atendimento de docentes, discentes, pais e demais profissionais da educação. Das treze salas de aula duas estão sem funcionar por falta de climatização; o laboratório de ciências, o auditório e dois banheiros de um dos blocos, abandonados e entregues às traças. Claro, que a biblioteca e a sala de leitura, também estão em condições muito ruins, apesar do esforço despendido por alguns profissionais que ali trabalham, para mantê-los ligeiramente funcionais” enfatizou o promotor.

Contudo, apesar de todas as dificuldades já apontadas, a Escola mantém um projeto de dança funcionando, em decorrência exclusiva do grande esforço feito pela Professora Lilian Alves Monteiro e de vários pais de alunos que se reúnem para custear e revitalizar constantemente aquele local.




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