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O abraço de escorpião de Waldez em Davi - Por Heverson Castro

A Fábula do Escorpião e do Sapo se encaixa perfeitamente nas movimentações políticas que acontecem atualmente, no Amapá.

De um lado, Davi, presidente do Senado, usa sua influência pra tentar minimamente deixar vivo na política, o atual governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), condenado pelo superior Tribunal de Justiça (STJ), a perda do mandato e à 6 anos e 9 meses de prisao.

Góes que suspira no cargo de governador, através de uma liminar do presidente do STF, Dias Tofilli, conta também com as movimentações de Davi, na liberação de recursos da bancada federal e da promessa da liberação do empréstimo do BNDES no valor de R$ 500 milhões, remanescente da articulação do ex-governador Camilo.

Em contrapartida ao esforço de Davi, Waldez teria assegurado apoio à pré-candidatura do irmão, Josiel Alcolumbre (DEM) à prefeitura de Macapá, em 2020, e a promessa de apoio à reeleição de Davi,  2022.

No entanto, Waldez que de besta não tem nada, pulou pra Santana na tentativa de eleger seu poste, o atual secretário de Estado da Fazendo, Josenildo Abrantes, como prefeito, deixando inclusive de lado, o candidato de Davi, em Santana, o ex-senador Bala Rocha, com quem militou por vários anos no PDT.

Essa movimentação de Waldez, em Santana, atraindo inúmeras lideranças para seu candidato, está sendo visto no meio político, como a traição do escorpião com o sapo, uma vez que se Waldez emplacar Josenildo na PMS abre caminho pra ele ser o candidato ao Senado, em 2022.

Entenda 

Um dia, um escorpião quis atravessar um rio.

O rio era largo e rápido, e o escorpião parou para reconsiderar a situação. Ele não via nenhum caminho através. Corria rio acima e rio abaixo e não achava nenhum modo de atravessá-lo.

De repente, ele viu um sapo sentado nos juncos na margem da correnteza.

"Olá, Sr. Sapo!" - cumprimentou o escorpião - "Você faria a gentileza de me dar uma carona nas suas costas para atravessar o rio?"

"Ora, ora, Sr. Escorpião! Se eu o colocar em minhas costas o senhor vai me ferroar." – respondeu o sapo.

“De modo algum” – disse o escorpião – “jamais iria ferroar um amigo que estivesse me ajudando; mesmo porque se eu lhe ferroar você morrerá e eu não conseguirei atravessar o rio”.

Pensando nessa lógica mortal, o sapo resolveu acreditar no sapo e colocando-o em suas costas, pôs-se a atravessar o rio.

A correnteza era forte, a água tentava arrastar o sapo, mas com suas nadadeiras fortes o sapo ia em frente rumo à outra margem.

Quase chegando ao final se sua trajetória, o sapo sentiu o ferrão doloroso do escorpião em suas costas.

“Porque você fez isso? ” - Indagou o sapo muito bravo.

Ao que o escorpião respondeu: “Perdoe-me, não pude evitar. É do meu instinto, é minha natureza”. E dizendo isso lançou-lhe outra ferroada.

A água forte e lamacenta rodopiou em volta deles, o sapo esperneando ao máximo para conseguir chegar na outra margem, mas já com dores fortíssimas, sentia um torpor intenso a afetar seus membros.

“Seu traidor!!” – gritou o sapo.

O escorpião saltitou das costas do sapo e atingiu a outra margem do rio, e saiu correndo deixando o sapo agonizando que acabou morrendo.




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