Sindicalistas do PSOL repudiam apoio de Paulo Lemos à reeleição de Kaká Barbosa
Dois professores sindicalistas ligados ao PSOL, lançaram nota nas redes sociais, repudiando a posição do deputado estadual Paulo Lemos (PSOL), que decidiu apoiar a reeleição de Kaká Barbosa (PR) para a presidência da Assembleia Legislativa. Kaká Barbosa está atolado em escândalos de corrupção e será julgado no próximo dia 13, no processo da Operação Eclésia, que aponta desvios de recursos do legislativo estadual.
O apoio de Paulo Lemos que é presidente do Conselho de Ética da Alap, ao deputado Kaká na disputa pela presidência, caiu como uma bomba dentro do PSOL e no meio da militância ensolarada.
Leia abaixo a nota assinada por professores sindicalistas do PSOL:
NOTA DE REPÚDIO AO DEPUTADO ESTADUAL PAULO LEMOS (PSOL)
Repudiamos o apoio oficial do Deputado Estadual, Paulo Lemos (PSOL), a reeleição do Presidente da Assembleia Legislativa do Amapá - ALAP, Kaká Barbosa (PR), DESMORALIZANDO o partido que nasceu nas trincheiras da defesa aos direitos dos trabalhadores e no forte combate a corrupção.
O Deputado Kaká foi condenado por improbidade administrativa, responde diversos processos e apoiou oficialmente a candidatura a reeleição do governador Waldez Góes (PDT). Já esse governador foi investigado por desvio de dinheiro na Saúde e na Educação, como:
➡ Na Educação: O pedetista WG foi preso no dia 10 de setembro de 2010 pela Polícia Federal através da Operação “Mãos Limpas” por ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA que teria desviado recursos públicos equivalente a 300 milhões de reais da Educação. No dia 31 de outubro de 2017 houve a operação da PF “Senhores da Fome” por desvio de 2 milhões de reais na merenda das crianças pelo seu desgoverno. Dinheiro que faltou na recuperação das escolas que estão com as estruturas apodrecidas, tendo como exemplo a queda do telhado da escola Everaldo no município de Santana.
➡ Na Saúde: “A Justiça Federal condenou Waldez Góes (PDT) por improbidade administrativa pela prática de ato contra os princípios da Administração Pública, apontando irregularidades na prestação de contas de recursos federais recebidos pelo Amapá no Programa Nacional de HIV/AIDS e outras DSTs (Texto adaptado do site do MPF). Esses atos desumanos que permitiram os hospitais estarem sucateados, parecendo hospital de guerra, em virtude do operariado está estirado no chão para receber “tratamento”.
➡ Além de ter deixado o servidor com a “cara na lama”, usando 6 milhões de reais descontados da folha de pagamento do servidor estadual referente aos consignados, parcelamento de salário, arrocho salarial e sucateamento do serviço público.
Perguntamos ao “companheiro”:
1. Esse comportamento de traição à Esquerda, aos trabalhadores, ao Estatuto do PSOL, aos filiados e aos seus eleitores é a afirmação que está fazendo parte das velhas práticas políticas encabeçadas pelo Waldez Góes/Kaká Barbosa no Amapá?
2. O próximo passo será advogar no dia 13 de fevereiro a favor do Kaká Barbosa e contra o Ministério Público que acusa o presidente de usar um morto para receber recursos da ALAP indevidamente através de notas fiscais falsas ou de serviços jamais prestados?
Sendo assim, levando em consideração o histórico de um mandato que não organiza e não constrói a luta dos trabalhadores do campo e da cidade, de todos os setores explorados, excluídos e oprimidos, bem como dos estudantes, filiados, servidores públicos, idosos, mulheres, LGBTQIAP+, que nada contribui na construção de uma sociedade socialista, fraterna e igualitária, que não assegura a liberdade de expressão tão necessária em tempos neofascista bolsonarista, acima de tudo, que coloca-se a SERVIÇO DAS VELHAS RAPOSAS caracterizando INDISCIPLINA e INFEDELIDADE partidária, que estaremos entrando com PEDIDO DE EXPULSÃO DO DEPUTADO*, em consonância com o Art. 13 do Estatuto da agremiação.
Assinam os filiados independentes do PSOL
Professor Janio Holanda
Professor Jovandro Sérgio (Serjão)
Ativista Marcione dos Santos
Corrente Sindical da Educação Pra Lutar
