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Coronel Matias, um comandante que prevarica e passa pano para a violência policial porque tem aval do governador

Waldez e Coronel Matias, comandantes que prevaricam e passam pano diante da violência policial que mata inocentes. Isso é fato e este editorial vai provocar a gritaria e a revolta dos setores mais reacionários.

Não se trata de atacar a polícia, mas de defender a legalidade e os bons policiais, que se enlameiam no meio das atrocidades cometidas por policiais despreparados que tiram vidas inocentes. Defender a polícia não é concordar com arbitrariedades, pois nós também apoiamos o papel da polícia no combate ao crime organizado que cada vez mais fica forte e encastelado no estado, fruto da falta de governo e de políticas efetivas de Segurança Pública com respeito ao Cidadão.

No Amapá, temos um comandante da PM que não garante segurança e tranquilidade para os civis e que dá carta branca para agentes e comandados praticarem cada vez mais a violência policial, que explode no estado e que chega a tirar vidas de inocentes, tornando diversos episódios de ampla repercussão como o envolvendo um padrastro, um jovem e o filho de uma ex-prefeita de Laranjal do Jari, em algo já naturalizado no discurso belicista de quem defende e justifica que abusos e atrocidades são toleráveis para combater o crime, mesmo que no meio das ações desastrosas, vidas de inocentes sejam ceifadas.

A postura do Coronel Matias e seu posicionamento em entrevista na TV Amapá  é uma vergonha para todos que defendem a atuação de uma polícia dentro da lei, pois sequer foi solidário ao familiares das vítimas da violência policial e em diversos casos de violência policial já mostrados pela imprensa, ainda defende a atuação dos policiais despreparados.

Não podemos mais tolerar que sob o seu comando, as forças do Estado possam cometer atrocidades contra civis e inocentes e nada seja feito por sua Corregedoria que se tornou um festival de engavetamos e um mero espaço para dar ralho em subordinados. Nossas vozes não calar e irão se levantar contra o seu arbítrio e os abusos que o senhor passa pano.

O papel da imprensa livre é defender os direitos humanos de todos, mas acima de tudo defender a vida, defender a população e principalmente os inocente dos abusos, do arbítrio e da violência do Estado como nesses casos. Não vamos sossegar enquanto aqueles, que de forma dolosa tiraram vidas, paguem por seus crimes.

Não iremos tolerar que um comandate sequer seja solidário ao familiares das vítimas de violência policial. Eles querem negar a sua existência, mas isso é fato e a violência policial existe, assim como a violência contra as mulheres, violência LGTQIA+, a violência contra o idoso e diversos tipos de violência, também temos a violência policial que tem como principal vítima a população de perifeferia, negros e jovens.

São inúmeros casos de agressões, mortes e execuções e vocês sempre usam a mesma narrativa: "Se tratavam de bandidos!" Isso para tentar ter apoio incondicional de setores reacionários da sociedade, que só apoiam a cegueira até o dia que a vítima da violência policial não for um dos seus parentes, filhos, amigos ou pessoas próximas.

O governador Waldez Góes é um governante sem autoridade, pois ao lavar as mãos como Poncio Pilatos, indiretamente apoia as narrativas de transformar pais de famílias, jovens inocentes e pessoas de periferia que morrem em ações desastrosas, em "bandidos", silenciando para o discurso reacionários de que vários deveriam morrer pelo discurso de quem defende a ação abusiva de servidores e agentes do Estado que deveriam proteger e não meter medo na popução.

Mesmo que fossem bandidos, mas não temos pena de morte no país. O caso do confronto é justificável quando a vida do policial corre em perigo e sim, nós também defendemos que entre a vida de um pai da família e um trabalhador da Segurança Pública e a vida de um bandido num eventual confronto, claro que apoiamos a vida do policial. Mas não são os casos em tela que estamos questionando. Estamos questionando fatos que não podemos passar pano.

São casos como de Rafael, Ramon, Helkison, Pitito e tantos outros amapaenses que morreram sem direito à defesa e foram julgados por policiais que se tornaram promotores, juízes e até mesmo "deuses", pois acharam e decidiram no calor da ocorrência que a pena para os "suspeitos" seria a morte e executaram a sentença.

Qualquer cidadão pode ser a próxima vítima de uma ação desastrosa. Isso não é política de Segurança Pública. Isso não é proteger a população indefesa. Não toleramos a violência dos marginais que devem pagar por seus crimes, não passamos a mão na cabeça do crime organizado, não defendemos bandidos faccionados, mas também não apoiamos incondicionalmente os "bandidos" que usam fardas e acabam com sonhos de jovens e destroem famílias.

A violência policial tem que parar no Amapá! Esse contrele dever ser exercido pela Sociedade, mas principalmente pelo Ministério Público tem o dever de endurecer seu papel no controle da atividade externa dos policiais, sejam PM´s, Policiais Civis ou qualquer outra força que venha cometer atrocidades.

Afastamentos e punições administrativas não irão trazer de volta as vidas que foram perdidas e muitos menos vão diminuir a dor das famílias que clamam por Justiça. Queremos uma polícia mais treinada, bem remunerada e preparada para as diversas situações. A boa ocorrência e a melhor polícia é aquela onde inocentes não morrem.

Que a Justiça seja feita! Isso é mínimo que podemos exigir, já que como mortais não podemos trazer as vidas perdidas de volta.




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