A educação pública municipal de Macapá encontra-se em estado crítico, revelando um cenário alarmante que exige atenção urgente. Dados divulgados pelo Centro de Liderança Pública (CLP) colocam a capital amapaense na 25ª posição entre as capitais brasileiras, um dos piores desempenhos do país no quesito acesso à educação.
A análise do CLP considera indicadores como taxa de atendimento na educação infantil, taxa líquida de matrícula no ensino fundamental e médio, e alunos em tempo integral. O resultado expõe a dura realidade enfrentada por milhares de crianças e adolescentes em Macapá, que têm seu direito à educação negligenciado.
Obras paralisadas e improvisação:
A situação precária da educação em Macapá é reflexo de um problema crônico: obras de escolas abandonadas e a crescente dependência de imóveis alugados, muitas vezes inadequados para o ensino. O que deveria ser uma solução temporária transformou-se em prática permanente, prejudicando o desenvolvimento dos estudantes.
Escolas em ruínas e promessas não cumpridas:
• Escola Jardim Felicidade: Com entrega prevista para junho de 2023, a obra permanece paralisada, deixando a comunidade escolar sem a estrutura necessária.
• Escola Goiás: Apesar do repasse de R$ 509 mil, a obra se resume à retirada de entulho e instalação de tapumes, sem previsão de conclusão.
• Escola Amapá: Com R$ 1,7 milhão investidos, a escola permanece em ruínas, servindo de abrigo para moradores de rua, um símbolo do descaso com o patrimônio público e a educação.
• Escola Roraima: A reforma paralisada desde agosto de 2023 obriga os alunos a frequentarem um espaço alugado, alvo de constantes reclamações de pais e responsáveis.
Impacto na comunidade:
A falta de investimentos e a má gestão na educação pública municipal têm consequências diretas na vida dos estudantes, que sofrem com a falta de infraestrutura, materiais didáticos e profissionais qualificados. A improvisação em espaços alugados compromete a qualidade do ensino e o bem-estar dos alunos.