Presidente da Assembleia Legislativa, Alliny Serrão, pupila do senador Davi Alcolumbre, articula antecipação da eleição da Mesa Diretora da ALAP, mas é criticada por suspeitas de irregularidades em seu curto espaço de mandato
Há exatos mês meses – de um mandato de dois anos – como presidente da Assembleia Legislativa do Amapá, Alliny Serrão (União Brasil) se articula nos bastidores para antecipar a votação, o que seria possível, segundo o Regimento Interno da ALAP, com a aprovação de dois terços dos deputados.
Detalhe: A eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Amapá (ALAP) só vai ocorrer em 2025.
A tentativa de antecipação da eleição tem sido criticada pelo deputado R. Nelson (PL), que afirma que a atual gestão da ALAP é marcada por irregularidades e falta de transparência.
Nelson também questiona a possibilidade de Alliny Serrão concorrer à reeleição, uma vez que a Constituição Federal proíbe a recondução de membros da Mesa Diretora para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente, dentro da mesma legislatura.
“Com todos absurdos na administração da ALAP, a atual presidente ainda quer antecipar a eleição”, disse o deputado em suas redes sociais.
Em dez meses de gestão, a administração de Alliny Serrão já é alvo de investigação do Ministério Público do Amapá (MP-AP). O MP investiga a contratação de uma empresa de viagens pela ALAP, no valor de R$ 2,1 milhões, para fornecer passagens aéreas para deputados, servidores e colaboradores.
De acordo com o MP, a ALAP contratou a empresa J.M. Viagens e Turismo pelo valor de R$ 2.148. 713, 00 (Dois Milhões, Cento e Quarenta e Oito Mil, Setecentos e Treze Reais), para fornecer passagens aéreas para deputados, servidores e colaboradores para viagens nacionais e internacionais.
O promotor instaurou Notícia de Fato e solicitou no prazo de 10 dias para que a ALAP informe cópia do referido contrato, comprovante de possíveis pagamentos efetuados, informações de como é feito o gerenciamento das passagens fornecidas, relação das passagens aéreas expedidas e identificar o passageiro e trajeto.
Falta de transparência
Além de contratos que estão sendo executados e alvo de investigação pelo MP, informações dão conta que no período de dez meses, a presidente da Assembleia Legislativa do Estado (ALAP), Alinny Serrão (União Brasil), não promoveu reuniões com a Mesa Diretora, levantando questões sobre a transparência e o diálogo interno.