O ex-vereador e pré-candidato a prefeito de Santana, Zé Roberto, fez duras críticas à gestão Bala Rocha, afirmando que a mesma não gosta de pobre, ao promover cortes milionários no Orçamento da Assistência Social do município. O pré-candidato a prefeito da oposição, afirmou que vai implantar o programa Renda Mínima Santana, que será destinado às famílias em situação de pobreza e miséria.
De acordo com dados do Portal da Transparência, o prefeito Bala Rocha destinou a área de assistência social, em 2021 o valor de R$ 12 milhões, em 2022 o valor caiu para R$ 3,6 milhões e ano passado chegou em R$ 4,4 milhões.
“Uma queda absurda de R$ 12 milhões para R$ 4,4 milhões, a assistência em Santana está descoberta. Parece que essa gestão está em Santana gosta de pobre”.
No total, o prefeito Bala Rocha reduziu em mais de R$ 15 milhões, os investimentos na Secretaria de Assistência Social do Município nos últimos dois anos de sua gestão. Os valores são absurdamente menores do que o orçamento herdado por Bala do seu antecessor Ofirney Sadala.
Segundo Zé Roberto, essa política afeta diretamente a população mais pobre e vulnerável do município de Santana, que já figura como uma das cidades com os piores indicadores econômicos e sociais do país.
Zé Roberto defende mais investimentos e uma política de transferência de renda que garanta dignidade à parcela da população santanense que vive em situação de vulnerabilidade social.
Ele acredita que a Assistência Social não é um favor, mas um direito dos cidadãos e que é preciso garantir isso na prática, elaborando propostas que melhorem a vida dos santanenses, ao mesmo tempo que apresentará um Programa de Governo que garanta a geração de mais emprego e renda no município de Santana.
Renda Mínima Santana
Ao criticar os gastos excessivos da gestão Bala Rocha com eventos e propaganda e cortes abusivos na assistência social, Zé Roberto afirmou que vai apresentar no seu Programa de Governo a proposta de criação de um programa social municipal de transferência de renda, que deve complementar o Bolsa Família do Governo Federal. A proposta está sendo batizada de "Renda Mínima Santana".
Considerando os domicílios com rendimentos mensais de até meio salário mínimo por pessoa, Santana tem 43,6% da população na condição de pobreza e miséria, o que o coloca o municíoio na posição 11 de 16 dentre as cidades do estado e na posição 2295 de 5570 dentre as cidades do Brasil, segundo o IBGE Cidades.
O pré-candiato da oposição, lembrou que a Assistência Social ficou descoberta num momento crítico da economia loca, onde o povo ainda se recupera de uma pandemia que piorou os indicadores sociais e econômicos do município portuário, mesmo com milhares de santanense passando fome e segundo dados do IBGE, ainda figuram na linha da pobreza e da miséria.
O líder da oposição, afirma que em um ano (2023), a Prefeitura de Santana gastou R$ 7 milhões com eventos e propaganda, quase o mesmo valor gasto em assistência social em dois anos de gestão.
“O povo não quer só comida, quer diversão, beleza, mas comida é aquilo que deixa realmente as pessoas de pé, inclusive para reivindicar seus direitos”, destacou Zé Roberto
Zé Roberto acredita que é necessário trabalhar o problema de autoestima dos santanenses, mas que é preciso priorizar os investimentos em assistência social, geração de emprego e renda para melhorar a qualidade de vida da população.
“É nós estamos aqui para levantar esse debate e abrir os olhos da população”, afirmou.