Arrendamento do espaço público do Sambódromo excluiu o povão da maior festa popular do pais, mesmo com desfile bancado com milhões de dinheiro público do cidadão amapaense
Por Heverson Castro
O Carnaval que é uma cultura popular não é tão democrática assim no Amapá. Isso porque exclui os mais pobres e trabalhadores com menor poder aquisitivo de um direito que tá previsto na Constituição.
No Carnaval do Amapá, praticamente o GEA e PMM bancaram tudo, apesar da Liesap só citar o GEA por conta da politização, aparelhamento e politicagem que impera na Liga, totalmente controlada por cupinchas ligados ao governador Clécio e ao senador Davi Alcolumbre, que por conta da guerra política fratricida do Governo contra a Prefeitura de Macapá, usam seus instrumentos maquiavélicos para impedir até mesmo a divulgação do nome da PMM no Sambódromo.
Mesmo sendo um Carnaval de milhões, a organização do Desfile das Escolas de Samba e o Governo Clécio, ainda cobram preços absurdos no evento bancado quase que 100% com dinheiro público. Pelo menos R$ 6 milhões dos custos do Carnaval na Ivaldo Veras saíram dos cofres públicos.
Propaganda, palcos, estrutura de som, arquibancadas, espaço do Sambódromo e muito mais. Tudo bancado com o dinheiro do imposto do cidadão amapaense, que já é estrangulado por uma pesada carga tributária e o pesadelo das contas de energia e água, péssimos serviços na Saúde, caos na Segurança Pública e agora ainda tem que ser vítima da agiotagem escamoteada empresários que bancaram campanhas eleitorais no evento mais popular do país.
O Procon que é um órgão do GEA, pelo visto não fiscalizou os preços abusivos cobrados dentro e fora do Sambódromo, o que torna o Carnaval que deveria ser um momento democrático para todas as classes sociais, quase que um privilégio para quem tem um poder aquisitivo na média.
O cidadão trabalhador que ganha um salário mínimo e uma família para sustentar, jamais terá acesso à Cultura, aos bens culturais e dificilmente poderá assistir um espetáculo no Sambódromo com a cobrança de arquibancadas que chegavam a custar R$ 30 no primeiro dia de desfile.
Uma coca-cola em lata chegou a custar R$ 7 reais ontem no Sambódromo. Uma garrafinha de água mineral pequena R$ 5. Nem mesmo em boates e shows privados, chegam a cobrar esse preço abusivo. O Procon que deveria fiscalizar, prevarica e fica caladinho.
Apesar de Clécio Luís e seus aliados como Randolfe Rodrigues, Davi Alcolumbre e outros afirmarem que o Governo Clécio seria progressista, o que nao é verdade, pois o que se observa na sua forma de governar é a elitização de espaços e eventos públicos, justamente para garantir o lucro de empresas e empresários adrinhados do poder. Isso foi visto na Expofeira e no Réveillon do GEA com espaços públicos sendo arrendados para garantir fortunas para amigos do poder.
O governo Clécio tem se pautado por uma narrativa mentirosa e fantasiosa de que tem os olhos voltados à população. Justamente no momento que povão poderia usufruir de espaços públicos e eventos culturais, a maioria esmagadora é excluída e jamais poderão realizar um sonho ou desejo de assistir um desfile no Sambódromo, justamente porque o espaço público foi arrendado e privatizado para satisfazer a ganância da turma das Tendas de Ouro.
Se preocupar com a população pobre não é só no discurso eleitoreiro ou perto das eleições, mas também oportunizando que espaços públicos sejam pelo menos democratizados para que a classe trabalhadora possa participar da maior festa popular do país. Nesse sentido, na contramão da narrativa e não ficando apenas no discurso boquirroto, o prefeito de Macapá, Dr. Furlan tem demonstrado na prática que cada vez mais é preciso universalizar o acesso aos bens culturais e de lazer, oportunizando que a população, o chamado povão possa usufruir de momentos com sua família, garantindo o acesso gratuito em todos os eventos organizados pela Prefeitura de Macapá.
É assim que se democratizado a cultura e os espaços de lazer. Não é dando para poucos o controle do espaço público só para satisfazer a lógica mercadológica do lucro e do poder financeiro.