Após crescimento do nome do professor Zé Roberto com apoio de Furlan, do PSB de Camilo Capiberibe, adesão do deputado R. Nelson (PL) e lideranças santanenses importantes que orbitam na esquerda, centro e direita, o grupo de Davi articula uma candidatura laranja do ex-prefeito de Mazagão, Dilson Borges (PP) em Santana, justamente para evitar uma polarização e ajudar a campanha de reeleição de Bala Rocha, que enfrenta queda em sua aprovação no município, mesmo com apoio de diversas máquinas e grupo econômicos.
Da Editoria de Politica
Nos últimos dias, a política de Santana tem sido agitada, nos bastidores, por articulações e movimentos de lideranças políticas locais.
Com o apoio do prefeito de Macapá, Antônio Furlan, o ex-vereador e professor Zé Roberto tem crescido nas pesquisas de consumo e, segundo recente levantamento do próprio grupo do senador Davi Alcolumbre, ele já alcança quase 10% das intenções em levantamentos do Palácio do Setentrião, que monitora o crescimento da oposição em municípios que estão sob a batuta de Alcolumbre. Esse aumento tem preocupado o grupo da harmonia, que busca alternativas para evitar uma polarização entre Zé Roberto e o prefeito de Santana, Bala Rocha.
Para isso, estão tentando articular uma terceira candidatura, que seria um laranja. O ex-prefeito de Mazagão, Dilson Borges, que é ligado a Davi, foi convocado para assumir o papel que seu irmão Gilvam Borges, desempenhou nas últimas eleições no Amapá: o boi de piranha da Harmonia para impedir a oposição de polarizar o debate.
A ex-deputada federal Marcivânia Flexa recusou o convite, pois não estaria disposta a desgastar sua imagem com uma tarefa que não agrada seu eleitorado, que em cada eleição tem desidetrado no município portuário. O objetivo dessa iniciativa é criar um terceiro polo para evitar a polarização que, segundo as pesquisas, prejudicaria o atual prefeito.
A articulação do grupo de Davi tem se intensificado nos últimos dias. Eles têm dialogado com lideranças políticas de diferente segmentos, buscando apoio para a candidatura laranja, que teria em tese, o objetivo de colocar um freio no crescimento do nome de Zé Roberto, que tem polarizado a oposição ao prefeito Bala Rocha.
O objetivo é lançar o nome do pré-candidato o mais rápido possível, para que ele possa começar a se apresentar ao eleitorado, pois uma polarização praticamente consolidada entre Bala e Zé Roberto, não seria muito bom para o candidato à reeleição de Davi Alcolumbre e das máquinas do GEA e PMS, já que Santana tem uma tradição de retirar prefeitos e eleger candidatos contra a máquina, oriundos da oposição.
A possível candidatura laranja de Dilson Borges, que inclusive é filiado no Progessista 11, mesmo partido do atual prefeito Bala Rocha (PP), seria uma estratégia que vem sendo adotada em várias cidades do Brasil. Ela é vista como uma forma de evitar a polarização e dar mais opções ao eleitor.
Mas o que preocupa mesmo o grupo de Alcolumbre, Clécio e Bala é uma polarização em Santana entre dois projetos que cada vez mais estão mais claros e podem disputar as eleições para Governo e Senado em 2026.
O apoio de Furlan em Santana, demonstra que sua liderança extrapolou os limites do município de Macapá, já influenciando positivamente em cidades vizinhas, pois parte da opinião pública já coloca Furlan como um nome certo para disputar o GEA contra Clécio em 2026, o que deixa o Palácio do Setentrião em pânico, pois recentes pesquisas mostram que o prefeito de Macapá é bem mais popular que o governador.
Se o palanque de Santana se tornar um palco de um ensaio para o embate estadual de 2026 entre Clécio e Furlan, o risco é enorme, principalmente porque uma dobradinha entre Furlan e Zé Roberto, já é bem vista em parte da população.
A saída é evitar a polarização em Santana, pois em Macapá, o atual prefeito massacra todos os seus adversários nas pesquisas e como a eleição na capital é televisiva e repercute em outros municípios da região Metropolitana, o grupo que apoia Bala busca evitar uma disputa com apenas dois candidatos.